segunda-feira, 30 de julho de 2012

Portugal: aumento de partos em casa por falta de alternativas naturais nos hospitais

Depois de, em 2004, Portugal ter atingido um número mínimo de partos em casa, 454, em 2006 houve uma viragem e, desde então, o número de mulheres que têm filhos no domicílio tem-se aproximado dos mil - ainda assim, cerca de 1% do total dos nascimentos. Para o presidente do Colégio de Especialidade de Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, Vítor Varela, este é um movimento claro de fuga a um parto hospitalar excessivamente medicalizado e intervencionado. Porém, os hospitais públicos pouco se adaptaram a esta chamada de atenção

Leia mais:
http://www.publico.pt/Sociedade/aumento-de-partos-em-casa-por-falta-de-alternativas-naturais-nos-hospitais-1541217?all=1

Resultado de partos domiciliares atendidos por enfermeiras

Resultado de partos domiciliares atendidos por enfermeiras de 2005 a 2009 em Florianópolis, SC

Por
Joyce Green Koettker
Odaléa Maria Brüggemann
Rozany Mucha Dufloth
Roxana Knobel
Marisa Monticelli

http://www.scielo.br/pdf/rsp/2012nahead/cb3548.pdf

Birthplace in England - publicação do Serviço Público de Saúde britânico (NHS)

Estudo sobre disponibilidade, segurança, processos e custos dos diferentes cenários do parto.

Publicado em junho de 2012:

http://www.nhsconfed.org/Publications/Documents/birthplace-england_130612.pdf

Artigos de Melania Amorim no Guia do Bebê

Parto em casa é seguro
http://guiadobebe.uol.com.br/parto-em-casa-e-seguro/

Parto domiciliar: refletindo sobre paradigmas
http://guiadobebe.uol.com.br/parto-domiciliar-refletindo-sobre-paradigmas/

Parto normal  x cesárea parte 1: a magnitude do problema
http://guiadobebe.uol.com.br/parto-normal-vs-cesarea-parte-1-a-magnitude-do-problema/

Parto normal  x cesárea parte 2: por que as taxas de cesárea são tão elevadas no Brasil
http://guiadobebe.uol.com.br/parto-normal-vs-cesarea-parte-2-por-que-as-taxas-de-cesarea-sao-tao-elevadas-no-brasil/

Parto normal  x cesárea parte 3: os principais pretextos para cesariana sem respaldo científico
http://guiadobebe.uol.com.br/parto-normal-vs-cesarea-parte-3-principais-pretextos-para-cesariana-sem-respaldo-cientifico/

Reflexões sobre a gravidez prolongada
http://guiadobebe.uol.com.br/reflexoes-sobre-a-gravidez-prolongada/

terça-feira, 24 de julho de 2012

Ministério da Saúde - Tipos de Parto


Tipos de parto
Segundo o Ministério da Saúde, o parto normal é o mais aconselhado e seguro, devendo ser disponibilizados todos os recursos para que ele aconteça. Durante o pré-natal e o trabalho de parto, o profissional que atende a gestante avaliará as condições dela e do bebê, para identificar fatores que possam impedir o parto por via vaginal. "O melhor parto é aquele que oferece maior segurança para a mãe e para a criança", explica Rosiane Mattar, membro da Comissão de Gestação de Alto Risco da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Para isso, é preciso acompanhar o desenvolvimento da gravidez no pré-natal e avaliar qualquer tipo de complicação.
É direito da mulher definir durante o pré-natal o local onde ocorrerá o parto. Vale ressaltar que os partos podem ser realizados nos centros de parto normal, em casa ou em qualquer hospital ou maternidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
Brenda CacciatorParto normal  oferece menos riscos de infecção, hemorragia e prematuridade do bebêAmpliar
  • Parto normal oferece menos riscos de infecção, hemorragia e prematuridade do bebê
Conheça abaixo os diferentes tipos de parto e suas indicações.
Parto normal
O parto normal é mais seguro que a cesariana, pois oferece menos riscos de infecção, hemorragia e prematuridade do bebê. O apoio à mulher durante o pré-natal e o trabalho de parto é o principal recurso para seu bom desenvolvimento. Em casos realmente necessários, podem ser oferecidos métodos não farmacológicos de alívio da dor e utilizadas intervenções como analgesia.
"Outra vantagem do parto normal é que o organismo materno se prepara para o nascimento. Os hormônios prolactina e ocitocina, fabricados durante o trabalho de parto, são fundamentais para ajudar a acelerar a produção de leite. Quem faz uma cesárea não produz quantidade suficiente desses hormônios e o leite pode demorar a descer", explica o obstetra Jorge Kuhn, um dos fundadores da Casa Moara, espaço dedicado às mulheres grávidas e suas famílias. Além disso, a recuperação também é mais rápida em comparação à cesariana.
O parto normal deve ser o mais natural possível
Sempre que possível o parto deve acontecer sem intervenções. O ambiente deve respeitar a privacidade e as escolhas da gestante. Por isso, é indicado reduzir ruídos e luminosidade no local do parto, permitir que a parturiente caminhe, ingira líquidos e indique quem irá acompanhá-la. Além disso, é necessário possibilitar que a mulher adote as posições que a façam se sentir melhor – no momento da expulsão, por exemplo, a posição verticalizada pode facilitar o nascimento, por se mais fisiológica para mãe e bebê.
O recém-nascido também deve ser poupado de intervenções desnecessárias tradicionais. "Em relação ao recém-nascido, se ele estiver bem, chorando, com boa contratura muscular e bons reflexos, não é necessário fazer aspiração nasal, pois ele tem a capacidade de eliminar as secreções por conta própria. Isso acontece porque, no parto por via normal, é o bebê quem indica a hora certa de nascer e, durante a passagem pelo canal de parto, ele é massageado e estimulado para o nascimento", esclarece a obstetra Andrea Campos, da Casa Moara.
O corte do cordão umbilical também pode respeitar o ritmo natural e ser feito tardiamente, após cessarem os batimentos, a não ser que haja alguma contra-indicação. Alguns profissionais da saúde que atendem ao parto oferecem para que o pai da criança corte o cordão.
O parto natural pode ser realizado em maternidades, Centros de Parto Normal e em casa, mas é preciso contar com o acompanhamento de uma equipe especializada, liderada por enfermeiros-obstetras ou obstetrizes.
Nesse tipo de parto, a presença de uma doula também é bastante apropriada, visto que ela oferece suporte físico e emocional à parturiente, transmitindo confiança, segurança e suporte afetivo, físico e emocional. Ao longo do trabalho de parto, essa profissional ajuda a gestante a encontrar as melhores posições, sugere métodos para aliviar as dores, entre eles banhos e massagens, e ainda auxilia e orienta o acompanhante.
Parto domiciliar
Este tipo de parto é realizado na casa da parturiente. É recomendado apenas para gestações de baixo risco e deve ser conduzido por um médico ou enfermeiro-obstetra Durante o trabalho de parto, é preciso garantir que a gestante possa ser transferida para um hospital se for registrado qualquer problema ou complicação.
No Brasil, nas regiões do campo e da floresta, muitas crianças nascem pelas mãos de parteiras tradicionais, mulheres que, de forma voluntária, seguem o ofício de ajudar outras mulheres a parir.
Cada vez mais o governo brasileiro reconhece o valor e o trabalho das parteiras tradicionais, que também atuam nos centros urbanos.
Parto com fórceps ou vácuo extrator
Cada um tem sua indicação precisa, mas ambos são utilizados nos momentos finais do parto normal quando ocorrem situações de emergência ou sofrimento do bebê. O fórceps, instrumento cirúrgico que funciona como uma pinça, é usado para auxiliar a saída da criança do útero e finalizar o parto com segurança. O vácuo-extrator é como uma ventosa e também tem a função de ajudar o bebê a sair.
Parto na água
Neste tipo de parto normal ou natural, a mãe dá à luz em uma banheira com água morna, que pode proporcionar conforto e ajudar a aliviar as dores das contrações. O processo deve ser sempre acompanhado por um enfermeiro-obstetra ou médico e não é indicado em casos de parto prematuro, gestantes com diabetes, hipertensão, HIV positivo, hepatite B ou herpes genital ativo e bebês acima de quatro quilos.
Parto de cócoras
Outro tipo de parto normal ou natural, neste procedimento a mãe fica de cócoras em uma cadeira ou em um banco especial. Nessa postura, a força da gravidade facilita a saída do bebê e alivia a dor das contrações. A posição de cócoras é considerada mais fisiológica e pode ser adotada por qualquer gestante no momento do parto.
Cesárea
Segundo dados de 2009 do Ministério da Saúde, as cesarianas representam 34% dos partos realizados na rede pública de saúde brasileira. No entanto, por se tratar de um procedimento cirúrgico, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que esses casos não ultrapassem 15%. Essa indicação se refere aos partos de risco, quando há situações como posição inadequada do feto (que permanece sentado ou atravessado mesmo após tentativas para mudá-lo de posição) e descolamento prematuro de placenta.
"Outras razões que exigem a cesárea, constatadas durante o trabalho de parto, são o sofrimento fetal e a desproporção céfalo-pélvica. No primeiro caso, o bebê não está bem e precisa nascer imediatamente. No segundo, a mãe apresenta toda ou quase toda a dilatação necessária, mas o bebê não desce pelo canal de parto", detalha Andrea Campos.
Hoje há um abuso desse procedimento no Brasil, o que faz com que muitas crianças nasçam prematuras.
Parto prematuro
Segundo a OMS, o parto é considerado prematuro quando ocorre antes da 37ª semana de gestação. Entre as causas mais comuns para a prematuridade estão a gravidez na adolescência, ruptura prematura da bolsa, gestações de gêmeos e problemas de saúde da mãe, como pressão alta, infecção urinária, diabetes e tabagismo. A “cesariana de hora marcada” contribui com o aumento no número bebês que nascem prematuros.
Os cuidados com o bebê dependem do tempo de prematuridade. Quando o nascimento acontece entre 34 e 37 semanas, o maior risco é a dificuldade na respiração. No entanto, quando o prematuro nasce antes de 34 semanas, seus órgãos ainda não estão completamente desenvolvidos e é necessária uma atenção ainda maior.
Além disso, o bebê prematuro fica mais vulnerável a complicações que podem dificultar seu desenvolvimento. Por isso, é fundamental ter o acompanhamento do pediatra. Leite materno e muito carinho também são essenciais para garantir uma vida saudável para a criança.

Nascidos de cesárea mais sujeitos a asma e diabetes tipo 1

Estudo do Department of Chronic Diseases at the Norwegian Institute of Public Health, na Noruega, sugere que crianças nascidas de parto cesárea possuem maior risco de terem asma. Estudo feito com 37 mil voluntários. E ainda há riscos para diabetes tipo 1.


http://minhavida.uol.com.br/familia/materias/14565-parto-cesarea-pode-aumentar-risco-de-asma-em-criancas

Tratamento com corticoides em grávidas pode prejudicar feto

Pesquisadores da Universidade do Minho acabam de publicar um artigo no periódico muito bem conceituado Psychopharmacology relatando que a exposição do feto a glicocorticóides - administrados em gestantes quando há algum risco de parto pré-termo - pode levar a consequências futuras negativas. "Os investigadores afirmam que pode contribuir para o desenvolvimento de ansiedade excessiva e depressão, bem como afetar negativamente o comportamento sexual do futuro adulto". Embora seja um estudo experimental, é um indício bastante importante.


Link: http://www.publico.pt/Sociedade/tratamento-em-gravidas-pode-prejudicar-feto-1531370

Parto do Princípio

Foto da capa


A Parto do Princípio é uma rede de mulheres, consumidoras e usuárias do sistema de saúde brasileiro, que oferece informações sobre gestação, parto e nascimento baseadas em evidên-cias científicas e recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, mais de 300 pessoas trabalham voluntariamente pela Rede, em 16 Estados e no Distrito Federal, na divulgação dos benefícios do parto ativo.






Link: www.partodoprincipio.com.br

Nascer no Brasil - Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento


Sobre o projeto
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As taxas de cesariana estão aumentando sistematicamente no Brasil como reflexo de mudanças nas práticas obstétricas. Estudos internacionais vêm demonstrando os riscos da cesárea e o impacto na saúde reprodutiva futura da mulher. Para os recém-nascidos, os efeitos descritos são: o aumento da mortalidade neonatal, da taxa de nascimento pré-termo intermediário e tardio, além do uso de ventilação mecânica em recém-nascidos de baixo risco.
A pesquisa Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre parto e nascimento, coordenada pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), com participação de renomadas instituições científicas do país, tem como objetivo conhecer os determinantes, a magnitude e os efeitos da cesariana desnecessária no Brasil em puérperas e recém-nascidos, bem como descrever a motivação das mulheres para a opção pelo tipo de parto e as complicações médicas durante o período do puerpério.
O estudo de abrangência nacional envolve capitais e cidades do interior. Serão entrevistadas 24 mil puérperas que tenham tido seus filhos em estabelecimentos de saúde com 500 ou mais partos/ano. A coleta de dados se iniciará em fevereiro de 2011, com previsão de término em setembro do mesmo ano.

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